Na próxima semana, estaremos já com a campanha eleitoral na rua e na internet (e redes sociais). E o que todos se perguntam - sejam eleitores e dirigentes partidários - é: como será a busca pelo voto? Quais estratégias serão usadas? Encontros presenciais com candidatos e militância terão vez, ainda que se respeitem as regras de distanciamento? Uso de propaganda física com distribuição de panfleto será utilizado?
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Tudo está sendo organizado entre receios e velhas certezas que foram derrubadas com o surgimento da pandemia. Estratégias são estudadas e avaliadas quase que semanalmente. O coordenador de um campanha disse à coluna que, em função da limitação imposta, uma saída será a colocação pontual de militantes e de cabos eleitorais em pontos estratégicos do perímetro urbano.
- A gente não pode se iludir que terá militância em peso na rua e bandeiraço. Mas o que vamos fazer e é a tendência, é a colocação de pessoal nosso nas esquinas dos principais pontos do Centro. Distribuição de panfletos já está descartada. Vamos investir em redes sociais e numa aproximação que não faça o eleitor fugir - diz o coordenador de uma campanha, que pediu para não ser identificado.
INEDITISMO
Se a eleição de 2018 já nos mostrou o poder e o impactos dos grupos de mensagens e das redes sociais, agora isso foi potencializado de uma forma ainda maior. Uma situação, contudo, é consensual entre os dirigentes partidários e por coordenadores das campanhas: essa será a eleição mais virtual de toda história.
Saem o famoso corpo a corpo, as caminhadas (no campo e na cidade), almoços e jantares arrecadatórios, e, entram, agora, uma campanha que será predominantemente virtual. O que não necessariamente possa se traduzir em um ambiente mais democrático na disputa pelo voto. Até porque, em tese, largam na frente aqueles que são mais conhecidos do público.
